quarta-feira, 20 de novembro de 2013

19/11

Desenganem-se aqueles que pensam que o sucesso cai do céu. Não cai! No fim do dia, sucesso é o que todos queremos. Todos queremos ser grandes, todos queremos ser melhores, todos queremos deixar marca na história, na vida das pessoas, todos queremos significar algo, que o que alcançamos seja reconhecido.

Está tudo bem com isto! Não tem mal nenhum! A questão é como chegar a isso. A questão é que nada se faz sem esforço! Nada se consegue sem suor, sem lágrimas, sem pestanas queimadas e pernas esfoladas. Seja em que ramo for, nada se faz sem dificuldade! Vamos ser claros: nada disto é fácil! É difícil perder. É difícil encarar uma cara de alguém desiludido connosco, ou desiludirmo-nos a nós próprios. É difícil lutar e lutar e não ver resultados palpáveis, não ver vitórias… É frustrante, deveras. O que vos escrevo aqui hoje não vem com palavras bonitas ou elogios.

Vocês todos vão cair, vão ser pisados. Todos vão ter fases em que nada vai fazer sentido e em que a “vida é uma bosta” e o mais fácil será desistir. Cabe-vos a vocês não o fazer. De cada vez que caírem, levantem-se de novo! Encher o peito de ar e dar o corpo de novo às bolas, esfolar os joelhos e limpar o chão com o corpo se for preciso. Festejar com a equipa. Porque todos queremos sucesso e esse mesmo aparecerá, mas apenas quando percebermos o que queremos, quando queremos e o mais importante: que nunca vamos conseguir sozinhos! É assim que se cresce! Tanto como empresários, informáticos, jogadores, o que quiserem. Crescemos a cada passo, a cada vitória, a cada ponto, a cada erro…

Quando se aperceberem disto tudo, terão dado o primeiro passo, o mais difícil. Sucesso não é ser o melhor do mundo em tudo. Sucesso pode ser o facto de se tornarem tão especiais para alguém, ser para alguém um exemplo a seguir, um modelo. Isso sim, a meu ver, é um dos maiores sucessos. Se os vossos valores forem reconhecidos de tal forma que alguém já os pretende adoptar, então, já são a pessoa com o maior sucesso no mundo! E devem sentir orgulho nisso! Devem perceber que, o que fizeram até aí, que o que sofreram, que o que passaram, por mais duro que tivesse sido, que o que vos tiraram, por mais importante que fosse na vossa vida, já valeu a pena!

Provem a vós próprios que podem ser os melhores, para alguém ou para o mundo inteiro. As vitórias grandes começam com pequenas conquistas, passo a passo, agarrem-se a essas conquistas como se agarram às grandes vitórias que almejam  e aí sim, serão os melhores!


Desenganem-se aqueles que pensam que não sou bem sucedido. O meu primeiro passo está dado e até já tive o bónus de poder ser o ídolo, o modelo a seguir de alguém. A jornada acaba de se tornar mais fácil e eu não podia estar mais orgulhoso!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

8/11 2:32h

O problema é que as horas vão passando. Será tarde, será cedo? Quando será que vou voltar a ter sossego? E mesmo que o sossego volte, e depois? Que farei eu? Que definição terei novamente? Nenhuma talvez. O mais provável, é voltar a encontrar algo mais agonizante ainda, que me tire o sono, como hoje.

Porque o relógio não pára, não descansa, o tempo avança e o que outrora foi uma abundância de esperança, rapidamente se tornou numa vazio solitário, num passeio frio, numa calçada de granito em que tenho de andar descalço, sentir os pedaços de vidro partidos das garrafas de cerveja, a pastilha fresca abandonada pela criança que passou ali há umas horas atrás. Tenho de sentir as feridas a abrir, os pés a calejar, a pele a engrossar e a dor a, finalmente, passar.

Tudo isto, para depois acordar. Encontrar algo novo e voltar ao mesmo, ao mesmo ciclo, à mesma espiral escrita antes, à mesma calçada fria, húmida, dolorosa. Tudo isto para voltar. Voltar a ter esperança de ser outra vez criança ou, ainda que não possa vir a ser, sonhar! Sonhar que tudo irá melhorar, que a dor vai cessar, que o chão não será frio, ou que terei algo para calçar. Sonhar que a presença esteja presente. Que esteja presente e que fique, de uma vez. Que não se devaneie ou se esqueça das promessas, que a presença se mantenha presente, pois, se um dia a deixei pisar a minha calçada, foi porque precisei dela.


Que a presença veja que, tal como estas letras, sou confuso. Caminho estradas estranhas e que sou difícil de quebrar como um parafuso. Mas que, a presença também entenda, que se teve a oportunidade de conhecer a minha calçada, ainda que por mais húmida, fria e dolorosa que ela seja, então, também poderá ter tudo o que tenho, tudo o que ela me ensinou, tudo o que já fui. Poderá ter-me a mim, seja pela primeira vez, ou novamente. A minha calçada não é bonita, pois, ainda ninguém se decidiu a pintá-la.